A magia do circo nos
remete a algo incrível, nos fazendo viajar na alegria dos palhaços, nas
piruetas e acrobacias aéreas, movimento dos malabares e na beleza das cores. Dos
chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações
antigas já praticavam algum tipo de Arte Circense há pelo menos 5 000
anos.
Há indícios arqueológicos de que o circo tenha surgido na China onde
foram encontradas pinturas rupestres de 5 000 anos, com imagens de acrobatas,
contorcionistas e equilibristas. Esses movimentos faziam parte dos exercícios
de treinamento dos guerreiros e desenvolver sua agilidade, força e
flexibilidade. Aos poucos, foram incorporados aos
movimentos: graça, beleza e a harmonia.
Também no Egito, há
registros de pinturas e hieróglifos que mostram um grupo de mulheres fazendo
malabarismo com bolas há pelo menos 1700 a.C.
Na Índia, o contorcionismo
e o salto são parte integrante dos espetáculos sagrados. Na Grécia, a contorção
era uma modalidade olímpica, os "akrobatos" ou "akros", eram
os indivíduos que dançavam e faziam jogos de equilíbrio nas mãos e nos pés,enquanto
os sátiros já faziam o povo rir, numa espécie de precursão aos palhaços. O ilusionismo
(ou artes mágicas) também é bastante antigo, e sua origem está ligada às
práticas religiosas. Muitas vezes, os truques de ilusionismo eram utilizados
para demonstrar poder e impressionar as pessoas que frequentavam os templos da Antiguidade.
Mas o circo como hoje só
começou a tomar forma durante o Império Romano. “Circus”, que significa
“lugar em que competições acontecem”, era uma área dividida em pista,
arquibancada e cavalarias onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores,
duelos entre homens e animais e duelos somente entre animais.
O maior dos circos romanos
chamava-se Maximus, era o local onde as massas plebéias reuniam-se para
assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais, feito de
pedra e com capacidade para 150 mil pessoas. Em 40 a.C. foi construído o famoso
Coliseu, no lugar do Circo Máximus que foi destruído por um incêndio. O Coliseu
tinha a capacidade para receber 87 mil espectadores. Lá eram exibidos animais exóticos,
engolidores de fogo, gladiadores, etc. Os espetáculos constituíam um recurso de
interesse político que tinha como objetivo agradar a população e evitar
possíveis levantes. A isso se chamou de “política do pão e circo”.
Entre 54 e 68 d.C. este
tipo de local passou a ser palco de espetáculos sangrentos, onde os cristãos
eram atirados vivos às feras. Sem espaços nessas arenas, os artistas circenses
passaram a se apresentar em mercados e praças. Durantes séculos os artistas
mambembes e saltimbancos exibiram seus truques, habilidades e malabarismos em
feiras populares, praças públicas e entradas de igrejas. Na Idade Média, muitos
artistas conseguiam lugares cativos nas cortes reais, como os célebres bobos da
corte e mágicos. Estes últimos tinham como função, além do entretenimento, a
orientação sobre o futuro e nas decisões importantes que poderiam ser tomadas.
Houve um período em que mágicos e malabaristas eram considerados bruxos e eram
queimados vivos.
O apogeu do circo deu-se
no século XIX, onde contava com inúmeras atrações como números com animais
vindos de todas as partes do mundo e artistas com diferentes habilidades.
Mesmo com o advento das
novas tecnologias, o circo ainda preserva a atenção de multidões. Reinventando
antigas tradições e criando novos números, os picadeiros espalhados pelo mundo
provam que a criatividade artística do homem nunca estará subordinada ao
fascínio exercido pelas máquinas. Talvez por isso, podemos dizer que “O show
tem que continuar!!”.
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