terça-feira, 20 de agosto de 2013

O show tem que continuar!!




A magia do circo nos remete a algo incrível, nos fazendo viajar na alegria dos palhaços, nas piruetas e acrobacias aéreas, movimento dos malabares e na beleza das cores. Dos chineses aos gregos, dos egípcios aos indianos, quase todas as civilizações antigas já praticavam algum tipo de Arte Circense há pelo menos 5 000 anos.

Há indícios arqueológicos de que o circo tenha surgido na China onde foram encontradas pinturas rupestres de 5 000 anos, com imagens de acrobatas, contorcionistas e equilibristas. Esses movimentos faziam parte dos exercícios de treinamento dos guerreiros e desenvolver sua agilidade, força e flexibilidade. Aos poucos, foram incorporados aos movimentos: graça, beleza e a harmonia.

Também no Egito, há registros de pinturas e hieróglifos que mostram um grupo de mulheres fazendo malabarismo com bolas há pelo menos 1700 a.C.
Na Índia, o contorcionismo e o salto são parte integrante dos espetáculos sagrados. Na Grécia, a contorção era uma modalidade olímpica, os "akrobatos" ou "akros", eram os indivíduos que dançavam e faziam jogos de equilíbrio nas mãos e nos pés,enquanto os sátiros já faziam o povo rir, numa espécie de precursão aos palhaços. O ilusionismo (ou artes mágicas) também é bastante antigo, e sua origem está ligada às práticas religiosas. Muitas vezes, os truques de ilusionismo eram utilizados para demonstrar poder e impressionar as pessoas que frequentavam os templos da Antiguidade.
Mas o circo como hoje só começou a tomar forma durante o Império Romano. “Circus”, que significa “lugar em que competições acontecem”, era uma área dividida em pista, arquibancada e cavalarias onde ocorriam corridas de cavalos, combate de gladiadores, duelos entre homens e animais e duelos somente entre animais.

O maior dos circos romanos chamava-se Maximus, era o local onde as massas plebéias reuniam-se para assistir às atrações organizadas pelas autoridades imperiais, feito de pedra e com capacidade para 150 mil pessoas. Em 40 a.C. foi construído o famoso Coliseu, no lugar do Circo Máximus que foi destruído por um incêndio. O Coliseu tinha a capacidade para receber 87 mil espectadores. Lá eram exibidos animais exóticos, engolidores de fogo, gladiadores, etc. Os espetáculos constituíam um recurso de interesse político que tinha como objetivo agradar a população e evitar possíveis levantes. A isso se chamou de “política do pão e circo”.

Entre 54 e 68 d.C. este tipo de local passou a ser palco de espetáculos sangrentos, onde os cristãos eram atirados vivos às feras. Sem espaços nessas arenas, os artistas circenses passaram a se apresentar em mercados e praças. Durantes séculos os artistas mambembes e saltimbancos exibiram seus truques, habilidades e malabarismos em feiras populares, praças públicas e entradas de igrejas. Na Idade Média, muitos artistas conseguiam lugares cativos nas cortes reais, como os célebres bobos da corte e mágicos. Estes últimos tinham como função, além do entretenimento, a orientação sobre o futuro e nas decisões importantes que poderiam ser tomadas. Houve um período em que mágicos e malabaristas eram considerados bruxos e eram queimados vivos.
O apogeu do circo deu-se no século XIX, onde contava com inúmeras atrações como números com animais vindos de todas as partes do mundo e artistas com diferentes habilidades. 

Mesmo com o advento das novas tecnologias, o circo ainda preserva a atenção de multidões. Reinventando antigas tradições e criando novos números, os picadeiros espalhados pelo mundo provam que a criatividade artística do homem nunca estará subordinada ao fascínio exercido pelas máquinas. Talvez por isso, podemos dizer que “O show tem que continuar!!”.

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